sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Noticia


Avanços no cancro
estima-se que a taxa de cura do cancro pediátrico atinja os 85% até finais do ano 2010

A taxa de sobrevivência das crianças com cancro tem vindo a aumentar, estimando-se que chegue aos 85% em 2010, segundo um estudo do IPO do Porto. Todos os anos surgem 350 novos casos de cancro pediátrico em Portugal. A sobrevivência ao cancro pediátrico tem vindo a 'melhorar' em Portugal tal como na Europa, disse ontem a directora do Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, Lucília Norton, a propósito do Dia Internacional da Criança com Cancro, que se assinala hoje. Segundo a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, todos os anos surgem cerca de 350 novos casos de crianças com cancro em Portugal, onde esta doença é a segunda causa de morte infantil, a seguir aos acidentes. 'Temos assistido a melhorias substanciais de taxas de cura' para as quais tem contribuído o diagnóstico, que é feito cada vez mais cedo, afirmou à Lusa a coordenadora nacional da associação, Margarida Cruz. O estudo mais recente do IPO/Porto sobre o cancro pediátrico, que faz o retrato da doença na região Norte, distribui os diversos tumores pediátricos por quatro grupos etários - menos de um ano, um a quatro, cinco a nove e 10 a 14 anos. No primeiro ano de vida, existe um predomínio de tumores embrionários e verifica-se um pico de incidência de leucemias nas crianças com idades entre um e quatro anos, sendo neste grupo predominantes, para além destas, os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) e os linfomas, disse Lucília Norton. As três neoplasias mais frequentes em menores de quinze anos são as leucemias, tumores do SNC e linfomas.A taxa de sobrevivência global aos cinco anos para a totalidade dos cancros pediátricos ronda os 78%. As neoplasias com melhores taxas de sobrevivência global são os linfomas (96%) e as leucemias (78%). Nos tumores do SNC a taxa de sobrevivência é de 69% e no neuroblastoma, o tumor sólido mais frequente na criança logo após os tumores do SNC, é de 73%.O estudo salienta que 'é completamente diferente o prognóstico, conforme a doença ocorre antes ou depois do primeiro ano de vida, sendo a sobrevivência global nos lactentes próxima dos 100%'.